domingo, 25 de abril de 2010

Mais tempo com o cordão umbilical diminui riscos de anemia

A Secretaria de Saúde de São Paulo, através do Instituto de Saúde, realizou um estudo que mostrou que crianças que tiveram o cordão umbilical cortado até um minuto após o nascimento possuem um maior nível de ferritina (proteína importante para o armazenamento do ferro) do que aquelas que tiveram o cordão cortado no instante em que nasceram. Tal conclusão pode reduzir riscos de bebês desenvolverem anemia nos primeiros meses de vida.

A pesquisa foi realizada em uma maternidade da Zona Sul da capital paulista, e 224 crianças nascidas entre abril de 2006 e março de 2007 foram analisadas. Foi descoberto que 115 delas tiveram o cordão umbilical cortado cerca de um minuto após o parto e 109 assim que nasceram.

A taxa de ferritina encontrada nas crianças que tiveram o cordão umbilical cortado mais tarde foi de 123,15 nanogramas por ml de sangue, enquanto nas outras foi de 105,5 nanogramas por ml de sangue.

Os níveis de ferritina em crianças são bastante influenciados pelo volume corpóreo total de ferro ao nascimento. O momento em que o cordão umbilical é cortado pode afetar o volume de sangue transferido da placenta para o recém-nascido, o que consequentemente, pode afetar também o volume de ferro.

A anemia infantil pode provocar diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit de crescimento, diminuição da força muscular e da atividade física, além de uma pré-disposição a doenças infecciosas.

Segundo a coordenadora do estudo Sônia Venâncio, o principal objetivo é mostrar que aguardar apenas um minuto antes de cortar o cordão umbilical pode ajudar posteriormente na saúde do bebê e esse tempo não vai afetar nem a mãe nem a criança.

Fonte: Banco de saúde. 04/03/09 | Atualizado em 12/01/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário